terça-feira, agosto 08, 2006

Ta osso, ta osso!

Quando olho para o meu quarto, nos livros que ainda não terminei de ler e que já tenho de devolver a biblioteca para ter mais créditos para levantar livros recomendados na sala de aulas, vejo um labirinto, um labirinto que se cria no meu quarto, na minha cabeça e em torno de várias estórias que deixo mal parada em minha mente. Um labirinto que não deixa de ser curioso nesse bosque de leituras em que eu como o autor principal cruzava vidas trágicas de Van Gogh, confissões do Nerruda á processos do Kafka, para engrenar nessas leituras obrigatórias e poucas vezes prazerosas que somos sujeitos, para fazermos trabalhos e trabalhos da faculdade.

Ta osso ta osso! porque para além de voltarmos às aulas, minha rotina alterou-se radicalmente com o terminar das férias. Hoje faço aulas de laboratório de rádio e descubro que para além da televisão, também, não é nesta área onde pretendo trabalhar, faço cibercultura e jornalismo digital e, vejo que a incapacidade de controlares um texto que nele editas me da um medo, vejo que me prendo mais a imprensa, vejo que é nela que quero escrever e imprimir, diagramar e editar. Vejo que é nela que pretendo publicar minhas fotos, sentar degustar o jornal que em todas as manhãs chegará em minha casa. Mas para isso tudo, ainda tenho de me submeter a essas leituras recomendadas e deixar de lado as que com a maior probabilidade possível, me dariam mais prazer.

Ta osso ta osso, porque minha rotina, para alem de ter alterada, ficou mais corrida, justamente pelo estágio que me toma as tardes que tornava o meu ócio o maior dos vícios que eu poderia ter.